10 março, 2007

O Cara de Pau e seus Desculpistas

Algumas pérolas vomitadas pelo Hugo Chavez, caudilho-de-butique venezuelano que é o novo defensor dos frascos e comprimidos:

"Andam dizendo que (o presidente argentino Néstor) Kirchner e eu planejamos este ato para sabotar a viagem deste cavalheiro do norte, mas isto não é preciso, porque ele já é um cadáver político"

"Vamos produzir alimentos para os carros dos senhores do Norte? Que coisa tão louca é este plano de Bush!"

Khaless do céu, mas que cara-de-pau...! Ele realmente acredita que está enganando alguém com esta gritaria barata.

Os planos delineados no acordo Brasil-EUA para o etanol tem bom potencial, e apesar de basicamente ainda serem apenas "vaporware" por enquanto, o Chávez está simplesmente apavorado e mortificado pela mais ínfima possibilidade de isto vir a dar certo. Ele não está preocupado com seus "hermanos" latino-americanos coisa nenhuma, está preocupado apenas com o fluxo de caixa dele, o qual certamente pode vir a desaparecer frente aos EUA mudarem cada vez mais para combustíveis alternativos, etanol e biodiesel inclusos.

O distinto é tão hipócrita e cara-de-pau que ele sequer se importa em arrotar contradições. Como por exemplo quando afirmou que o protesto que liderava em Buenos Aires não era contra "nossos amigos de Brasília e de Montevidéu (....) reconhecemos a soberania destes governos irmãos para convidar o cavalheirinho do norte". Para logo em seguida, dizer "Este ato é para dizer não à presença do cavalheiro imperial nas terras heróicas de (José de) San Martín e (Simón) Bolívar"

Ele realmente discursa para pessoas incapazes de conectarem dois conceitos simples, e que somente tem capacidade de processarem uma bobagem de cada vez. Se ele insiste em dizer não para a presença de alguém em algum lugar, ele então não está reconhecendo o direito de soberania de tais governos de receberem este alguém em suas fronteiras.

Ah, mas claro. Há aqueles que acreditam cegamente nas suas bobagens -- como a legião de idiotas paga-paus desculpistas que ele consegue arregimentar entre as fileiras da idiotia latino-americana que impera na esquerda brasileira. Quem realmente será que são os colonizados nesta história, huh?

Criticar a atual Administração da Casa Branca é fácil, qualquer um faz, já que o Bush é de fato um dos piores presidentes que os EUA já tiveram -- duh. Só que isto é irrelevante para Chavez e sua legião de idiotas babadores-de-ovo, já que ele iria berrar contra qualquer um que estivesse ocupando a Casa Branca, fosse o Al Gore, fosse o John Kerry, fosse quem fosse. Pois para os perfeitos idiotas latino-americanos, os EUA sempre estão errados, sempre são os imperialistas, sempre a mesma ladainha de sempre, não importa qualquer outra coisa. Pfzz.

08 março, 2007

O Natal dos Idiotas Latino-Americanos chegou

Realmente, só a mais fina nata dos Perfeitos Idiotas Latino Americanos para me fazer sair do sabbatical d'O Malho que eu tive que entrar por umas semanas.

Mas o que os Idiotas Latino Americanos aprontaram desta vez? Com a visita ao Brasil do Bush e comitiva anexa, é claro que eles tinham que ir armar a masturbação mental deles de "Ianques Go Home", completa com a previsível e nada criativa quebradeira que sempre se pode esperar desta laia... e é claro que tinha que ser bem na frente da minha casa...!

Na verdade, a laia de idiotas brasileiros são aqueles que ficam mais felizes quando um Presidente dos Estados Unidos -- qualquer um que seja -- visita o país, pois assim podem mostrar ao resto do mundo que sabem ser "engajados" e "preocupados" com a luta anti-imperialista, blá, blá, blá. Como crianças mimadas esperam a chegada deste natal antecipado, e certamente ficam até molhados de excitação em esperar oportunidade tão rara.

Sem dúvida alguma que eles gostariam que os "imperialistas" nos visitassem mais vezes, para assim poderem bancar os valentes em os mandar embora com mais protestos orgásmicos. Tal qual cachorro que fica na beira da rua esperando um carro passar, para assim latir para ele e sentir-se bem consigo mesmo em imaginar que a sua inevitãvel partida foi o resultado de seus latidos.

Zzzzz...

19 janeiro, 2007

O Falastrão

O retorno de recente viagem minha aos EUA fez a conexão vinda da costa oeste dos EUA chegar bem cedo no aeroporto de Miami, e agora me resta apenas bundar na sala de embarque da American Airlines até o horário do vôo para o Brasil. Já não tendo mais serviço nenhum para fazer, e ainda com muitas horas até o embarque, decidi usar este tempinho para traduzir um artigo interessante procêis, da The New Yorker de 8 de janeiro passado. Cometários adicionais mais abaixo.

A Página Financeira
Sinergia com o Demônio

Um ano atrás, ativistas progressistas e entusiastas políticos se reuniram em Caracas, Venezuela, para o Fórum Social Mundial, uma espécie de Conferência de Davos para a esquerda global. Pessoas lotaram o Hilton de Caracas para ouvirem conferências sobre os mals do neoliberalismo e a ameaça apresentada pela hegemonia dos EUA, e Hugo Chavez, o Presidente da Venezuela, fez um discurso para uma platéia de coisa de dez mil pessoas, no qual ele clamou por "socialismo ou morte". Foi uma admirável demonstração da importância de Chavez como um símbolo anti-captalista. E ainda assim, apenas seis meses depois, naquele exato mesmo hotel, o governo de Chaves hospedou uma conferência bem diferente de público internacional. Os que atenderam a esta eram empresários americanos, e a conferência era uma Feira de Negócios intencionada para convencer empresas americanas que a Venezuela é amigável a investimento estrangeiro e que está ansiosa para aumentar seu comércio com os EUA.

Para pessoas tanto da esqueda como direita, Hugo Chavez é uma espécie de Castro dos dias modernos, um virulento líder anti-americano que se posiciona como a ponta de lança da "Revolução Bolivariana" da América Latina. Ele clama por um "Socialismo para o Século 21", e regularmente declara radicais idéias econômicas; durante a sua recente campanha para a reeleição, ele sugeriu instituir na Venezuela uma espécie de mercado de escambo de commodities. Quando ele discursou na Assembléia-Geral das Nações Unidas em setembro, um dia depois do Presidente Bush, ele disse "O demônio esteve aqui ontem". E, ainda mês passado, depois de ter sido reeleito por ampla margem, ele dedicou a vitória a Fidel Castro, e proclamou que "era mais uma derrota para o demônio que tenta dominar o mundo".

A retórica de Chavez pode não soar inadequada para o Pequeno Livro Vermelho, mas apesar disto a vida cotidiana para muitos venezuelanos parece mais retirada de um catálogo da Neiman-Marcus. Graças ao boom no preço do petróleo, muitos Venezuelanos estão se indulgindo em um consumismo desenfreado que assustaria até mesmo um americano. No ano passado, as vendas de carros dobraram, preços de propriedades imobiliárias dispararam (valores de hipotecas estão trezentos por cento mais caros) e, graças a este frenezi de compras, empréstimos por cartão de crédito praticamente dobraram. E enquanto Chavez tem feito um bom trabalho em redistribuir receita do óleo venezuelano para os pobres, através do assim chamado misiones, desenvolvido para melhorar a educação, saúde e habitação, e ter forçado a companhias de petróleo em renegociar contratos, não houve nacionalização da indústria, relativamente pouca interferência com os mercados financeiros, e apenas gestos simbólicos em relação a reforma agrária. Se isto é socialismo, é o socialismo mais amigável aos negócios que jamais foi imaginado.

Ainda mais intrigante, a demonização dos EUA por Chavez tem tido pouco ou nenhum impacto nos negócios entre os dois países. Os EUA continuam a ser o parceiro comercial mais importante da Venezuela. Muito deste comércio é petróleo: a Venezuela é o quarto maior fornecedor dos EUA, e este é o maior cliente da Venezuela. Mas o fluxo de comércio vai em ambas as direções e é diversificado. Os EUA é o maior exportador de bens para a Venezuela, responsável por um terço das aquisições de seu mercado. O cenário de Caracas está decorado com anúncios da Hewlett-Packard e Citigroup, e a Ford e GM são líderes de mercado no país. E, mesmo que a retórica de Chaves tem ficado mais extrema, os dois países tem se relacionado mais: comércio entre os EUA e a Venezuela aumentou em trinta e seis por cento no ano passado.

Chavez tem sido o beneficiário de um excelente timing: o preço do barril de pretóleo quintuplicou desde que ele assumiu o poder, permitindo a ele repassar bilhões de dólares aos pobres. Mas ele pouco fez para diversificar a base industrial da nação, e relaxar a dependência da economia ao petróleo, enquanto suas poucas aventuras em estatismo e cooperativas terão nenhum impacto econômico significativo. Como resultado, os laços entre os EUA e a Venezuela na realidade ficaram mais firmes. E Chavez não pode os desfazer sem despedaçar a sua economia: a maior parte do óleo venezuelano é impregnado com enxofre, e as refinarias melhores equipadas para lidarem com ele estão nos EUA. É bem mais fácil e barato despachar petróleo da Bacia do Orinoco para Corpus Christi do que para uma refinaria em Xangai. De qualquer modo, é largamente duvidoso que a maioria dos venezuelanos quer desfazer estas relacões; a Venezuela tem tradicionalmente tem sido mais amigável aos EUA do que outros países sul-americanos. Beisebol é mais popular na Venezuela do que futebol, e há franquias da Subway e do McDonald's através do país.

O paradoxo é que o anti-americanismo de Chavez é fundamental para o seu apelo global, enquanto os consumidores e empresas americanas são fundamentais para a performance econômica de seu regime. Assim, enquanto ele fica viajando pelo mundo fazendo discursos sobre como o ganso deveria ser morto, ele depende dos ovos de ouro deste ganso para se manter no poder. Esta pode parecer uma situação insustentável, e tanto os que apoiam como os que desprezam Chavez assumem que, mais cedo ou mais tarde, suas ações podem começar a refletir sua retórica: ele corte o suprimento de petróleo para os EUA, ou algo do tipo. Mas ideologia enraizada e hostilidade política entre países é algo que atrapalha o comércio entre estes países bem menos do que se pode imaginar. O Japão, por exemplo, é o segundo maior parceiro comercial da Coréia, apesar do fato de que o ressentimento coreano contra o Japão é bem alto, graças a uma longa história de imperialismo japonês na região. Enquanto isto, a China considera Taiwan como uma província rebelde, e ameaça ação militar caso a ilha declare independência, mas comércio entre os dois países totaliza cerca de sessenta e cinco bilhões de dólares. Ao contrário do que pensadores Iluministas como Thomas Paine acreditavam, comércio nem sempre traz paz na sua esteira, "operando para coordenar a humanidade" (lembremos da Primeira Guerra Mundial, afinal de contas). Mas os benefícios do comércio muitas vezes compensam mesmo os mais opressivos pecados. Algumas vezes, faz perfeito sentido comercializar com o demônio.

Como de costume, gostei muito do artigo que o James Surowiecki escreve quinzenalmente na The New Yorker. Este em particular achei bem interessante para demonstrar basicamente duas coisas que tem passado muito debaixo do radar ultimamente no que diz respeito a Venezuela: como o Chavez é um belo de um falastrão que até o momento "Talk the Talk but Never Walk the Walk", e que ele realmente nunca demonstrou ter as bolas para enfrentar os EUA como gosta de arrotar que pode.

E além disto, como o papinho de que os pobres estão em primeiro lugar não cola muito -- este artigo do James Surowiecki corrobora um outro artigo do Le Monde que li recentemente, que comenta como o mercado de luxo na Venezuela disparou, e muito disto graças a corrupção desenfreada que infesta o país, tudo abaixo da vista grossa do Caudilho de Butique. Como vemos, este tipo de atitude não é exceção na América Latina mesmo para aqueles de esquerda, sem dúvida.

Claro, aqui e ali ele pode até ter atirado para os pobres da Venezuela algumas migalhas oleosas de toda a receita que está tendo, mas isto ainda assim está longe de justificar toda a pagação de pau e babação de ovo que os Perfeitos Idiotas Latino-Americanos adoram fazer ao seu mais novo herói fajuto.

23 dezembro, 2006

Smackdown Dinamarquês

Ah, as glórias da ironia e da sutileza. O Tehran Times, pensando estar publicando apenas uma peça de solidariedade ao presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad, colocou o seguinte anúncio abaixo, assinado por um grupo que se intitulou "Dinamarqueses pela Paz Mundial":
Suporte sua luta contra Bush
Nós também estamos cansados do Bush
Irã tem o direito de produzir energia nuclear
Abaixo a agressão dos EUA a qualquer país
Militares malignos dos EUA fiquem em casa

Ou seja, o anúncio soa como mais uma peça da velha e boa propaganda "antiamericana imperialista grrrr" que aquela turma adora propagar.

Contudo, a letra inicial de cada frase formam na vertical a palavra SWINE -- ou seja, suíno, em Inglês. Não muito elogiável especialmente considerando o quão mal vistos suínos são pela região.

Nesta matéria (link em dinamarquês) há alguns comentários, que incluem...
De acordo com o porta-voz [do grupo que assina o anúncio] Jan Egesborg do Surrend, foi um processo demorado conseguir publicar o anúncio no Tehran Times. "Nós conseguimos passar por cima da censura ao pretender que era uma crítica ao Presidente Bush -- o que de fato é, também -- mas o ponto era ridicularizar o Presidente Iraniano, que representa uma ideologia islãmica extremista, nega o Holocausto, e impede movimentos de libertação no Irã", disse Jan Egesborg.

Os Iranianos e o restante de seus pretorianos, incluindo muitos dos latino-americanos que formam a cupinchada desculpista deles cá por estas bandas, vão subir nas tamancas, é claro. Mas é isto que dá não ter a capacidade de perceber sutileza onde sutileza se encontra, e agora levam um belo de um OWNED na cara.

12 dezembro, 2006

Futebol de Carros

É por esquetes como esta e muitas outras que sem dúvida alguma Top Gear, o programa da BBC apresentado por Jeremy Clarkson, deve ser o melhor programa do universo conhecido sobre automóveis.


Na esquete acima, James May e Richard Hammond, co-apresentadores do Top Gear, lideram os times de uma partida de futebol, cinco contra cinco... só que são cinco Volkswagen Fox fabricados no Brasil contra cinco Toyota Aygo fabricados na República Checa -- mas que usavam uma pintura curiosamente contrastante à pintura amarela dos Fox brasileiros...!

07 dezembro, 2006

Perigo, Perigo

Terminal de passageiros do Porto do Rio de Janeiro, terça-feira 5 de dezembro de 2006:


Coisas que ocorrem no mesmo país das pessoas que espumam de raiva quando em Olimpíada e Copa do Mundo, o Hino Nacional não é reproduzido em sua totalidade ou coisa parecida.

É por estas e outras que eu fatalmente não consigo perder a impressão de que o Pan 2007 fica constantemente com uma nuvenzinha cinzenta escrito DOOM flutuando em cima. E o país ainda mantém a obsessão de querer também sediar Olimpíadas e Copa do Mundo.

30 novembro, 2006

Camisinha em Spray

Os engenheiros alemães realmente valem o que pesam:
German sex educators plan spray-on condom
From Reuters
10:44 AM PST, November 30, 2006

BERLIN -- German sex educators plan to launch a spray-on condom tailor-made for all sizes.

Jan Vinzenz Krause from the Institute for Condom Consultancy, a Singen-based practice that offers advice on condom use, told Reuters today the product aimed to help people enjoy better and safer sex lives.

"We're trying to develop the perfect condom for men that's suited to every size of penis," he said. "We're very serious."

Krause's team (spraykondom.de) is developing a type of spray can into which the man inserts his penis first. At the push of a button it is then coated in a rubber condom.

"It works by spraying on latex from nozzles on all sides," he said. "We call it the '360 degree procedure' - once round and from top to bottom. It's a bit like a car wash."

(....)

Segundo esta nota acima da Reuters através do Los Angeles Times, uma empresa na Alemanha está desenvolvendo um novo tipo de preservativo masculino que leva "acima e além" o conceito de camisinha. Consiste em uma lata de spray que essencialmente plastifica temporariamente em láxet o pênis -- o procedimento leva coisa de 5 segundos para deixar a coisa pronta para ação.

Além do bem-vindo avanço na aplicação do preservativo, coisa que sempre foi um dos principais problemas deste conceito anticoncepcional -- evitando aquela coisa de "a mina esperando para retomar os trabalhos" -- há também de se considerar que tal sistema deve resultar em um preservativo bem mais confortável e aderente, o que também é muito bem vindo.

29 novembro, 2006

Spaceflight for Dummies


Bwhaha, boa esta. A foto que segue abaixo é um close de um dos 2 suportes traseiros que ficam em um dos 747 da NASA para o transporte dos Ônibus Espaciais, visto na foto acima transportando o Discovery. O irônico texto de "instruções" no suporte traduz para: ENCAIXE O ORBITADOR AQUI -- A PARTE PRETA PARA BAIXO.

18 novembro, 2006

Equipamento Viário


O tipo de equipamento viário urbano demonstrado neste vídeo seria algo excelente de ser implantado em cidades brasileiras onde seu uso fosse apropriado -- ou seja, manter imbecis impedidos de utilizar ruas exclusivas para circulação de coletivos, por exemplo. Assistir inúmeros sociopatas viários brasileiros quebrarem a cara como estes do vídeo seria impagável.

13 novembro, 2006

Brasília Bob

Pelo que demonstra esta nota da Folha Online, pelo que parece o Ministro Waldir Pires está tomando a frente do eterno esforço desculpista do atual governo:
3/11/2006 - 15h17
Ministro da Defesa considera normais os atrasos nos aeroportos
da Folha Online

O ministro da Defesa, Waldir Pires, considerou normais os atrasos de vôos ocorridos em diferentes aeroportos do país no fim de semana. A espera se agravou no domingo (12) e persiste nesta segunda-feira.

"Não houve nada. Quantas vezes temos atrasos de duas, três horas? São atrasos de vôos, de empresas", afirmou Pires, de acordo com informações da Agência Brasil. Ele negou que a espera tenha sido resultado de uma nova operação-padrão por parte dos controladores de tráfego aéreo.

(....)

"É tudo perfeitamente normal! O Brasil tem um ótimo sistema de controle de tráfego aéreo! Não há tropas americanas em Bagdá!"

É, claro, perfeitamente normal. Afinal de contas, a atual Administração no Palácio do Planato gosta de tratar o Brasil como o mundo da Quinta Dimensão do Sr. Mxyzptlk, ou como a Malucolândia dos curtas Looney Tunes com o Gaguinho. Portanto, tudo isto é perfeitamente normal para eles.

08 novembro, 2006

E os Resultados Chegam

Alguns tempo atrás, tendo vivido coisa de um ano e alguns meses na Filadélfia, este missivista passou a considerar a Pennsilvânia como o seu estado "natal" nos EUA... assim, não é surpresa que os resultados particulares a este estado das eleições legislativas deste ano sejam de minha curiosidade. Vamos a eles.

No Governo do Estado, sem grandes surpresas, com Ed Rendell (D) conseguindo a reeleição com alguma boa folga. Já no Senado, Rick Santorum (R) perdeu sua cadeira para Robert P. Casey Jr. (D), coisa de 59% a 41%; uma boa vitória para os Democratas, que estão precisando de cada uma das vitórias individuais, pois a coisa está apertada.

Nas disputas para a Casa dos Representantes que eram mais concorridas (Distritos 4, 6, 7, 8 e 10), o desempenho Democrata foi considerável: até o momento, confirmaram 4 de 5 possíveis vitórias, sendo que o Pennsilvânia 8 está com uma margem de diferença minúscula entre Patrick Murphy (D) e Mike Fitzpatrick (R), coisa de apenas uns 1500 votos... uma recontagem deverá estar na ordem do dia, provavelmente.

No distrito onde morei diretamente, o Pennsilvânia 2, a corrida não era particularmente disputada -- Chaka Fattah (D) conseguiu se reeleger com uma folgadíssima margem, levando 89% dos votos no distrito (inclui parte da Filadélfia a área). Os demais distritos foram negócios como sempre, com os atuais detentores das cadeiras mantendo suas posições, sete de cada lado.

No restante do país, a coisa foi boa para os Democratas também, com corridas apertadas para o Senado no Missouri, Virgínia (em recontagem automática) e Montana, onde as leves vantagens Democratas estão servindo bem para garantir a eles a conquista do Senado, além da Casa de Representantes. Foi uma noite de apuração bastante interessante, para dizer o mínimo. Os ganhos Democratas para a Casa de Representantes foi de 28 cadeiras no total até o momento, e dos Governadores, duas disputas ainda estão pendentes, sendo que seis outras foram para os Democratas.

He will be back

Eu acho particularmente patético quando alguém por aqui no Brasil vem com a velha ladainha de: "Como Americanos são idiotas! Colocam o Arnold Schwarzenegger como Governador!". Claramente tais pessoas não se incomodam nem um pouco de terem um ínfimo de informação antes de falar alguma coisa. A velha coisa do Palpitismo.

Sim, ele pode não ser um eeeeexcelente governador, mas considerando tudo, ele tem feito um trabalho bastante razoável, pelo menos. É fiscalmente responsável, tem adotado políticas moderadas (sua posição sobre célula-tronco me agrada em particular), não deixa de criticar o Dubya sempre que adequado e tem as bolas de saber admitir quando está errado, como nos recentes referendos realizados na Califórnia em 2005, quando várias de suas propostas foram rejeitadas. Com tudo isto, sua reeleição com boa folga vem sem surpresa alguma.

No mínimo, em uma eventual comparação pau-a-pau, a qualidade do trabalho dele estaria acima da maioria dos governadores brasileiros, em parte eleitos pelos mesmos sem-noção que fazem as alegações classe "Arnoldão Governador? Ridículo!"

E não, eu não acredito que eventualmente se faria uma emenda constitucional só para beneficiar 1 pessoa para que esta se tornasse Presidente. A ratificação deste tipo de emenda não é nada corriqueiro, afinal de contas.

07 novembro, 2006

Relatório da Transparência Internacional

Hoje foi divulgado o relatório da Transparência Internacional contendo o ranking do índice de corrupção entre os países do mundo, e sem surpresa alguma, o Brasil não apenas está em uma posição vergonhosa, como o relatório comenta que o país está entre os que pioraram consideravelmente neste aspecto. Também, como poderia ser diferente, considerando a atual Administração instalada (e recentemente re-instalada) no Palãcio do Planalto?

Uma coisa que achei particularmente irônica foi ver do que se trata a única foto que ilustra esta nota para a imprensa da Transparência Internacional a respeito da divulgação do relatório...! Não podiam ter escolhido melhor.

Bis de queda de réplica

Quando algum tempo atrás a réplica do Flyer I construída para o centenário do vôo dos Irmãos Wright fracassou em decolar na reprodução do evento em Kitty Hawk, o que não faltou foi deboche brasileiro do ocorrido.

Pois muito bem... falar é fácil.

Podiam ter escolhido para o evento a réplica do 14-bis construída pelo empresário Alan Calassa e evitado o vexame. Mas não...! Eu estou até já vendo a legião de desculpistas virem com a conversa de que "não era uma reprodução fiel", blá, blá, blá. Mas agora o estrago já está feito.

31 outubro, 2006

Longa Vida ao Hubble

Algum tempo atrás, como uma das conseqüências das restrições de vôos da frota de Ônibus Espaciais dos EUA devido ao acidente com o Columbia, a NASA havia anunciado que não mais iria fazer vôos de manutenção periódia ao Telescópio Espacial Hubble, cuja substituição definitiva está programada para 2013, quando o Telescópio Espacial James Webb for lançado. Assim sendo, ficaríamos anos sem um bom telescópio espacial.

Contudo, hoje a NASA anunciou a notícia de que a agência repensou esta questão e vai sim providenciar mais uma missão de manutenção ao Hubble, extendendo sua vida útil até o início das operações do James Webb.

Hubble Saved: NASA Approves Shuttle Flight to Service Space Telescope
By Tariq Malik
Staff Writer
posted: 31 October 2006
10:09 a.m ET

The decision is in and the Hubble Space Telescope is saved.

NASA announced Tuesday that it will go ahead with one final space shuttle mission to repair and upgrade Hubble after months of debate over the risks of such an endeavor.

In the end, the decision came down to NASA chief Michael Griffin, who has long said that he would support a proposed Hubble servicing mission provided its risk did not exceed that already accepted for other shuttle flights. The mission will add years onto the Hubble’s lifetime and could help NASA prepare the space telescope for its ultimate, but controlled, plunge through the Earth’s atmosphere.

(....)

Excelente notícia, sem a menor sombra de dúvida. Mais uma peça do programa espacial o qual realmente dá para se tirar o máximo de "bang" pelo "buck" gasto nele -- e que vale a pena.

30 outubro, 2006

Não estava te ouvindo, mas tá melhor agora

Por Khaless, finalmente parece que algumas pessoas estão pensando que seria interessante haver alternativa a atual tendência de telefones celulares abarrotados de viadagens e funções inúteis, e modelos simples mas de boa tecnologia para telefonia celular estão sendo pensados, como este da Motorola.

Toques telefônicos gracinhas, browsers irritantes, porcarias de câmeras com lentes que parece ter sido olho-mágico de portas usadas, enfim, os telefones celulares atuais estão carregados de inutilidades que comprometem o conjunto. Chega destes "Jack of All Trades but Masters of None". Se a coisa não é para ser um real PDA decente com capacidade de telefone decente, então que tenha somente boa qualidade de conversação e recepção, uma agenda funcional, conectividade adequada com outros aparelhos e boa carga de bateria.

29 outubro, 2006

Sic transit gloria mundi

Em coroação de reis e papas, e nos triunfos de generais romanos, sempre houve diversas variações desta expressão em latim, para lembrar aos vitoriosos que a glória é sempre efêmera.

É bom que esta atual Administração no Palácio do Planalto não perca isto de mente. Não a tomem por padrão. Pelo menos, a mera ocorrência do segundo turno já serviu um pouco para estabelecer isto.